sexta-feira, 2 de maio de 2008

Flickr (2)

O Flickr da Maratona está cheio de fotos novas!
Acompanhe o que aconteceu nos três dias do evento e comente sobre as fotografias.

Agradecimentos a Carolina Silveira e Solano Ferreira, que enviaram suas fotos. Quem tiver fotos da Maratona e quiser vê-las publicadas também, envie um e-mail para cinez3@gmail.com.

A Maratona de Cinema passou por aqui, você viu?

Mostra cinematográfica contou com pouca participação da comunidade na Z-3 *

No feriado de Tiradentes foi realizada, na Colônia Z-3, a Maratona de Cinema. Mesmo diante da atraente proposta, organizada por estudantes de Comunicação Social da Universidade Católica de Pelotas, a participação da comunidade ficou abaixo das expectativas. Menos de três centenas de pessoas prestigiaram a Maratona, num universo de 5 mil pessoas que formam a Colônia.

A iniciativa do projeto foi das alunas de Jornalismo Aline Reinhardt, Bianca Zanella, Cíntia Arbelethe e Karina Peres, a partir de uma pesquisa acadêmica aplicada ano passado na Colônia Z-3. “Constatamos que 75% dos entrevistados nunca foram ao cinema”, diz Bianca. A estudante afirma que o contato com filmes mesmo em casa também é restrito, assistidos, em sua maioria, produções estrangeiras e do circuito comercial.

Os três dias de apresentações, que ocorreram no Salão Paroquial João Paulo II, reuniram 27 filmes, totalizando 18 horas de cinema. O objetivo era mesclar diversos gêneros de filmes, a partir da exibição de longas e curtas-metragens, documentários, animações e ficção, realizando a divulgação de produções nacionais e também locais. “Nós queremos mostrar que o acervo nacional vai além dessas produções comerciais mais divulgadas”, afirma Bianca.

Mesmo diante do empenho das organizadoras, a participação da comunidade não foi a esperada. Segundo Cíntia, a presença do público ficou aquém das expectativas. “Realmente não sabemos por que o público não compareceu. Além da pesquisa, fizemos uma grande divulgação na Z-3”, diz a estudante. Uma das possíveis razões, apontada por ela, para essa ausência, é a falta de interesse dos moradores pelo cinema. “Realizamos a Maratona porque queríamos trazer um pouco mais de cultura para a comunidade. Pena que a proposta não foi muito bem aproveitada”, lamenta Cíntia.

As crianças, no entanto, foram as que mais participaram aos três dias da Maratona. Elas tiveram uma significativa integração com os filmes, principalmente com os infantis e os curtas. “No início foi um pouco difícil lidar com elas, ficavam entrando e saindo toda hora do salão, mas eles logo entraram no clima do cinema”, disse Cíntia.

Avaliação positiva de quem participou

“Dez. Muito legal”, avalia Raíssa Mariana, 10 anos. A opinião das outras crianças também não foi diferente, todas adoraram a Maratona. Para eles os melhores filmes foram as animações e o “Menino Maluquinho”. “Já tinha visto esse filme, mas vim só pra ver de novo. É muito engraçado”, disse Douglas, 13 anos, que acompanhou por completo as apresentações.

Para a realização do evento, as estudantes contaram com o apoio cultural de algumas organizações e da própria Colônia. Segundo elas, a ajuda dessas empresas foi fundamental para a concretização do trabalho. “Conseguimos realizar o projeto graças ao apoio deles”, diz Karina. A Universidade Católica também contribuiu com a infra-estrutura logística para a mostra. De acordo com Clotilde Victória, titular da prefeitura da Universidade, é relevante a realização de projetos culturais que envolvam conhecimento e entretenimento. “A iniciativa desse projeto é muito importante, pois consegue intercalar conhecimento e conscientização com diversão”, diz Clotilde.

Durante o último dia da maratona houve sorteios de brindes para os participantes. Foram distribuídas camisetas, vales-presentes e um aparelho de DVD.

Além de cinema, foi possível conhecer alguns projetos desenvolvidos pela comunidade zetrezense, como o artesanato confeccionado pelas mulheres da Cooperativa Lagoa Viva e o projeto educativo Arca das Letras, da Escola Rafael Brusque.

Texto: Carolina Silveira


* Esta matéria, de autoria da acadêmica Carolina Silveira, foi publicada na edição de abril do Jornal O Pescador, e é a vencedora do concurso de produções jornalísticas na categoria reportagem.